quarta-feira, 27 de junho de 2012
Valentina no Cerrado
Como não consegui escrever nos último dias, vou atualizar agora as novidades do fim de semana.
Nós duas, filha. Você agora está sentada na minha perna esquerda, com a mão direita na boca, fazendo um barulhinho engraçado, como se estivesse cantando uma musiquinha. Eu, claro, estou digitando apenas com a mão direita, numa 'catação de milho"frenética.
No sábado, eu, papai, você e o seu irmão JP fomos ao MAM para visitar a imperdível exposição do Siron Franco - Brasil Cerrado. Foi o último dia, pois a montagem fez parte da Rio+20, que terminou na sexta, dia 22.
A exposição, uma videoinstalação, foi fantástica. Curta, objetiva, sensorial, lúdica, criativa, marcante! Foi uma das atrações culturais mais importantes da Rio+20. Entramos por uma cachoeira e saímos no meio de uma triste queimada. Bastava fechar os olhos para sentir o cheiro da mata pegando fogo. Incrível.
De forma criativa e lúdica, o artista apresenta um novo e belo mundo ao visitante. São insetos, flores, pássaros, animais, texturas, cores e odores do cerrado apresentados em grandes projeções com alta definição, esculturas, fotos e textos. A sonorização dos espaços, a aplicação de essências específicas da região e a presença de elementos sensoriais como água e calor nos diferentes ambientes conduzem a um passeio profundo por um universo onde a natureza é soberana.
O pintor, desenhista e escultor nasceu em Goiás Velho (GO) e passou sua infância e adolescência em Goiânia. Desde tenra idade, o cerrado tornou-se uma de suas paixões, marcando forte presença em seu trabalho. Dono de uma técnica impecável, Siron possui mais de 3.000 obras criadas, além de instalações e interferências, representadas nos mais importantes salões e bienais internacionais.
SERVIÇO:
Você chegou dormindo no meu colo, filha. Depois que passamos por toda a exposicão, acordou muito alegre, abrindo mil sorrisos. Decidimos voltar para que você visse toda aquela explosão de cores conosco. JP fez questão de ficar bem pertinho de você o tempo todo. A primeira sala era algo extraordinário: cupinzeiros, com pequenas luzinhas e uma atmosfera meio extraterrestre, acompanhada por um cheiro de flores da noite do Cerrado.
Insetos, floes, pássaros, animais, texturas, cores e odores tomavam conta do ambiente. Tela gigantes impressionavam pela imagens que traziam, Vocë, filha, corria os olhinhos por todos os lados. O seu irmão, JP, dizia o tempo todo que você só prestava atenção nele... êta amor de irmão!
Numa entrevista, Siron Franco comentou que a sensação de perda e de urgência fica clara e o visitante passa a entender as necessidades imperativas das ações de proteção ambiental do bioma do Cerrado, o segundo maior do país. “A intenção é provocar conforto e desconforto. Apresento o acolhimento que a natureza nos proporciona e também a destruição que o homem vem causando”, afirmou o artista.
Daqui a alguns anos, filha, você entenderá a importância de temas como esse. Espero, sinceramente, que a esta geração possa preservar o que está sendo destruído para que a sua desfrute das belezas de lugares como esse. Eu, seu, pai e seus irmãos Eric e JP estivemos no Cerrado há pouco mais de um ano, É a caixa dágua do Brasil e precisamos muito preservá-la!
Esta fantástica exposição nos foi recomendada pelo jornalista Washingtom Novaes, que esteve aqui em casa e conheceu você há duas semanas.
Detalhe bonitinho: o seu irmão JP e o seu pai carregaram você no baby bag. Sucesso total na exposição!
No sábado à noite fui ao shopping e comprei um All Star cor de rosa para você. Um luxo!
Amanhã termino de contar as novidades do fim de semana. Agora tenho que aproveitar que você dormiu para tomar banho e cair na cama também!
beijos
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