quinta-feira, 15 de março de 2012

Heroínas da amamentação


Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria publicados no site do Ministério da Saúde mostram que, em média, bebês de seis a oito meses obtêm 70% de suas necessidades energéticas no leite materno, Os que possuem de nove a 11 meses têm 55% e os com 12 a 23 meses detêm 40% das necessidades nutricionais com o leite materno. Daí a importância de aliar a amamentação com alimentos complementares na dieta de crianças com mais de seis meses de idade.

Mas os números ainda estão longe do ideal. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que quase todas as crianças brasileiras (cerca de 97%) iniciam a amamentação no peito logo nas primeiras horas de vida, mas permanecem mamando por um período curto. Segundo o órgão, a média de aleitamento materno exclusivo da população brasileira, em 1999, era de 23 dias e do aleitamento materno era de 9 meses e 9 dias. De acordo com o site, o aleitamento materno exclusivo transfere à criança, além dos nutrientes, substâncias e células.

Por muitos anos a amamentação foi considerada um ato instintivo e natural sabendo-se hoje que para o sucesso é preciso um equilíbrio entre a natureza e a cultura. A interação entre mãe e bebê é necessária e o correto posicionamento e pega da aréola ainda precisam ser ensinados. Especialistas no assunto ressaltam que o correto posicionamento do bebê, a adequada pega da aréola e a amamentação sem horários predefinidos ou rígidos devem ser garantidos para que a criança sinta-se estimulada a mamar. Esses fatores influenciam no ato de amamentar e podem contribuir para aumentar os índices de adesão ao aleitamento.

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Persistir na prática da amamentação, mesmo com os seios feridos e sangrando, é um dos primeiros grandes atos de amor das mães de recém-nascidos. A situação mais do que desconfortável levar as menos motivadas a desistir facilmente e oferecer logo a mamadeira com o leite artificial para fugir do problema. Afinal, não é nada fácil ter um serzinho abocanhando os seus seios em carne viva a cada três horas - muitas vezes de hora em hora. As lágrimas vem aos olhos involuntariamente. É choro de dor e de culpa por ter vontade de desistir. No meu caso, como não sou marinheira de primeira viagem, corri em busca dos melhores cremes cicatrizantes. O Lanidrat me ajudou muito,juntamente com alguns poucos minutos de exposição dos seis ao sol damanhã na janela em frente à janela do escritório. O bom desta pomada é que não precisamos limpar o seio antes da mamada, o que não acontece com o Massê e o Bepantol, por exemplo. A enfermeira que colocou os brinquinhos na Valentina fez um alerta importante. O leite pingando do seio ferido abafado pelo absorvente pode produzir fungos e gerar o temido`" sapinho" na boca do bebê. Por isso é fundamental higienizar os seios sempre antes da mamada. Aprendi a lição e, sempre que puder, vou repassar esta informação.
Depois que o bico dos seios descascaram ( isso mesmo!), parei de sofrer. O nosso corpo acaba se acostumando e colaborando. O importante é não deixar de amamentar.

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