Aproveito o intervalo de uma mamada (não sei quanto tempo vai durar...rs) para compartilhar um pouco mais a experiência de ser mãe de uma menininha linda.
O parto
Valentina chegou no dia 28 de fevereiro, no início da noite. Conforme as últimas ultras haviam indicado, veio pesando 3,550 kg e medindo 49 cm. Não demorou muito e a nossa princesa deu o ar da graça, chorando forte e mostrando ao mundo que já estava presente do lado de cá. Chorei muito quando a ouvi. Ali, naquela maca,meio imobilizada, senti vontade de sair correndo para abraçá-la. Meu marido também se mocionou muito. Eu só queria ver a carinha dela e dizer,agora olhando nos seus olhinhos, o quanto a amava desde que era um pequeno grão.
Apesar de ter sido cesárea, escolhemos uma pediatra da linha humanista, que prioriza o contato entre mãe e filha durante o parto. Logo ela trouxe Valentina para os meus braços. O calor do meu peito e o som das batidas do meu coração fizeram com que a menininha de bochechas rosadas e cabelo preto se acalmasse. Foi um encontro mágico, único. Em seguida, eu a amamentei. Mais uma vez, um momento iluminado, somente interrompido pela sensação de enjoo causada pela anestesia. Felicidade, seu nome é Valentina.
Pouco tempo depois a nossa pequena estava no quarto, ao meu lado. A pediatra a colocou na cama comigo e, mais uma vez, ela mamou as primeiras gotas de colostro. O quarto estava cheio. João Pedro, o irmão adolescente, chorou de emoção. " Mãe, obrigada por ter trazido ela ao mundo. A minha irmã parece um pequeno urso panda!" .
Eu estava exausta, sem sentir as minhas pernas e impossibilitada de falar. Mas, mesmo assim, tenho certeza de que o meu sorriso e olhar conseguiam demonstrar o quanto estava feliz.
Durante a madrugada, Valentina mamou e mamou. Como eu não podia sair da cama, contei com a fundamental ajuda do meu marido para fazê-la arrotar e acalentá-la para que voltasse para o berço. Não foi uma noite fácil, pois as emoções e o cansaço imperavam,mas sabíamos que ali começava uma nova e importante fase de vida.
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O segundo dia
Valentina tomou banho no " barquinho" e eu e o papai ficamos ali, feito dois marinheiros de primeira viagem, observando e anotando todos os detalhes para repetir a operação em casa. Ganhou nota 10 da enfermeira porque ficou quietinha, concentrada no banho.
Eu já consegui caminhar e tomar banho sozinha. Tudo com muitas forçca de vontade e a ajuda de um poderoso coquetel de analgésicos...
Papai foi registrar a nossa menininha e acabou fazendo shopping por lá...
Recebemos algumas visitas da família e tivemos um bom dia de adaptação. A pediatra, tão querida, veio nos visitar também e passou todas as instruções sobre como cuidar do nosso recém-nascido. É claro que gostaríamos mesmo de um manual bem maior que esse, mas acho que ainda não publicaram...
Peço desculpas ao Dr. De Lamare, que tem uma obra maravilhosa (comprei novamente, claro!), já na 42a. edição.
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Terceiro dia: vamos para casa!!!
A nossa pequena foi cedo para o berçário tomou banho e a vacina contra a Hepatite B. Quando a enfermeira contou que ela chorou um pouco ao ser picada, tive vontade de chorar também.
A noite foi bem cansativa e, por mais que tenha conseguido dormir um pouco melhor que na anterior, não foi suficiente. Na verdade, nesta fase, nunca é suficiente.
Depois da visita da obstetra, tivemos alta e fomos para casa!!!
A chegada foi muito comemorada por todos que nos esperavam. Foi uma emoção levar a pequena para o seu quartinho e colocá-la no berço. Tanto tempo preparando tudo para o Jardim da Valentina...
Noite difícil, claro. A Ajuda da avó Helena foi fundamental para que pudéssemos dar conta de tudo. Babá eletrônica sempre a postos e muita vigilância noturna, como não poderia deixar de ser. Quem já cuidou de bebês sabe bem disso...
É claro que o celular da pediatra tocou para que pudéssemos fazer uma consultinha...rs
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Quarto dia:
Montei a agenda da próxima semana com todas as vacinas e testes!
Dia corrido, cheio de novas atividades: o meu primeiro banho na recém-chegada, rotina de mamadas (ainda o colostro), fraldas e fraldas trocadas, organização do quarto e controle dos barulhos excessivos na casa. Além, claro da minha rotina de higiene, já modificada pela da pequena. Hoje tirei o curativo da cirurgia e mantive dois medicamentos. As minhas pernas inclaram bastante!! Dores e amores de ser mãe!
Valentina ganhou um hipópotamo corde rosa lindo!!!! Fiquei apaixonada!!
Visita do tio Fernando DÁvila, que veio ao Rio especialmente para conhecê-la.
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Quinto dia
Aos poucos todos nós vamos nos adaptando à rotina de ter um bebê em casa. João Pedro está apaixonado pela irmã e a minha dificuldade agora é fazer com que ele não esqueça de esterelizar as mãos antes de entrar no quarto. Juro, se eu pudesse, deixaria um vidro de álcool gel do meu tamanho na porta do quarto da Valentina, mas, como não é possível, tento conscientizar as pessoas a usar o pequeno mesmo sempre que tiver contato com a pequena. Mãe virginiana é assim.
Vó Nita e Vó Helena passaram o dia conosco. Papai comprou os brincos, um rádio cor de rosa e outros presentes.
Senti muitas dores de madrigada e decidi passar o dia à base de Novalgina. As minhas pernas ficaram muito inchadas, mas como eu não consigo parar quieta, ficou mais difícil resolver o problema. Tomei um remédio indicado pela médica e acho que ficarei boa em dois dias.
Decisão sábia: tiramos a pequena do berço e a colocamos, bem aconchegada, no carrinho.
Posso jurar que ela deu uma gargalhada!
Papai e JP filmaram e fotografaram o banho de hoje.
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Sexto dia
Como crescem rápido essas unhas tão pequenas!!!
Estive bem cansada, me arrastando. Decidi cortar a Novalgina, pois detesto ficar dependente de qualquer tipo de remédio. Deu para aguentar. À tarde, com algumas pessoas em casa, não aguentei. Dormi por três horas. A pequena ajudou, felizmente. Foi o sificiente para aguentar a longa madrugada.
O coto já está quase caindo!
Que linda ela estava de roupa pink!
Uma pergunta: bebês podem virar de barriga para cima mesmo com os tais rolinhos
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Sétimo dia
No dia que completou uma semana conosco, Valentina deu a primeira golfada. Coisa estranha de contar aqui, né? Mas, para um recém-nascido é um acontecimento...rs
Hoje ela fez o teste do pezinho e, felizmente, quem a segurou foi o pai. Não aguentei e fui chorar um pouquinho atrás da pilastra da sala. Coisa de mãe sensível...
Tão boazinha que ela é... chorou um pouquinho e logo ficou quieta. Amamentei, claro, e a coloquei para dormir.
Estou com a sensação de que Valentina troca a noite pelo dia... vamos ver.
De acordo com a pediatra, só podemos dizer que um bebê é tranquilo ou não após o 15o. dia de vida...
Os meus seios sangram, mas persisto. Foi assim com o João Pedro também. A gente sofre um pouco, mas a importância e a beleza do ato de amamentar são tão grandes que compensam qualquer sacrifício. Como disse, dores e amores de ser mãe. Entrei no site das amigas do peito (www.amigasdopeito.org.br) e tirei várias dúvidas. O trabalho que eles realizam é fabuloso. Nunca podemos dizer que sabemos tudo, né? Eu que amamentei por um ano e meio o João Pedro, preciso me reciclar...
Impressionamente como ela soluça com uma cara séria, de concentração.
Tomei sol diante da janela do quarto, com os seis de fora. A médica recomendou como forma de ajudar a cicratizar. Cena linda o sol batendo nos mamilos e o leite escorrendo. Me senti feito uma índia...
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